Como Arcebispo Metropolitano não posso ficar indiferente. Oriento, então, os fiéis a cumprirem a determinação da Sé Apostólica, até que se decida de outra forma.
Carta aberta
Arquidiocese de Manaus
Aos membros da Diretoria da Associação Rainha do Rosário e da Paz de Itapiranga e Sr. Edson Glauber de Souza Coutinho
Venho através desta manifestar minha estranheza e indignação frente a Resposta à Prelazia de Itacoatiara e à Congregação para a Doutrina da Fé. Primeiro pela forma que foi publicada. Não me parece que a mídia seja o lugar para uma correspondência desta natureza. Mas como vocês escolheram este caminho, sinto-me na obrigação de fazer o mesmo, dada a sua repercussão entre os fiéis, segundo pelo conteúdo.
Ao ler a carta tem-se a nítida impressão que seu objetivo é o de denegrir a imagem do Pe. Graciomar Gama Fernandes e a de Dom Carilo Gritti bem como a própria Congregação para a Doutrina da Fé.
Seria bom respeitarmos a memória de Dom Carilo, que literalmente entregou a vida pela Igreja. Colocar em dúvida sua honestidade ofende a todos os que o acompanhamos no seu longo calvário.
Quanto ao Pe Graciomar, sou testemunha do seu respeito à verdade no trato desta questão, e subscrevo todas as suas ações, achando ofensivo a Santa Sé, pensar que um assunto de tal gravidade seria resolvido com uma simples carta do administrador diocesano.
Os senhores terminam a sua resposta ameaçando levar a Igreja aos tribunais, fechando assim qualquer possibilidade de diálogo e dando a impressão de que tudo se trata de negócio. Infelizmente isto vem corroborar a decisão da Igreja quanto às aparições. Assim fazendo cometem um ato de desobediência formal.
Como Arcebispo Metropolitano não posso ficar indiferente. Oriento, então os fiéis a cumprirem a determinação da Sé Apostólica, até que se decida de outra forma.
Ao irmão Edson peço que se retrate para que possa retomar o diálogo com a Igreja.
Manaus, 2 de dezembro de 2017
Dom Sergio Eduardo Castriani
Arcebispo Metropolitano de Manaus