Vocação! – Artigo Cardeal Steiner

A graça oferecida a todos: a vida do Reino. “Vem e segue-me”, convite, chamado ao seguimento para fazer parte de um Povo, do Povo santo de Deus. Escolhidos em Cristo para ser santos e irrepreensíveis, no amor. Por graça e benevolência, adotados como filhos e filhas, pois irmãs e irmãos de Jesus Cristo, pelo batismo (cf. Ef 1,4-5).

As vocações na Igreja, como manifestações do Espírito Santo, são presença e expressão do amor de Deus. A primeira vocação do cristão é a santidade. A vocação à santidade antecede às vocações. Não importa ser bispo, padre, diácono, religiosa ou religioso, leigo ou leiga. Todos são chamados a ser santos, vivendo no e do amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra, na vocação a que foi chamado. Deixar frutificar em nós a vida e a graça do seguimento de Jesus. Santidade: deixar-se revestir de Cristo sempre mais. A tentativa de viver a “vida segundo o Evangelho”.

As vocações são um chamado para viver em comunhão de amor. Toda a vocação é um anúncio, um testemunho. O Evangelho é proclamado, antes de mais, pelo testemunho. O cristão, no seio da comunidade humana em que vive, é convidado a manifestar a sua capacidade de compreensão e de acolhimento, a sua comunhão de vida e de destino com os necessitados, a sua solidariedade e esforço para tudo o que é nobre e bom. Assim, eles irradiam, de um modo simples e espontâneo, a sua fé em valores que estão para além dos valores correntes, e a sua esperança em transformar as realidades em vida do Reino. (cf. Paulo VI, EN, 21).

Leigos e leigas, o matrimônio, a vida consagrada, os ministérios ordenados, todas as vocações, são chamados para dar testemunho. O testemunho de que “fomos criados pelo Amor, por amor e com amor, e somos feitos para amar”. Nesse sentido todas as vocações evangelizam. Evangelizam, pois testemunham a beleza do amor que o Evangelho proclama. Evangelizam e são caminho de santidade. Santidade que evangeliza!

Dia dos Pais, no mês vocacional, recordar e memorar nossas mães e nossos pais. A beleza e a importância da vocação e da missão da maternidade e da paternidade na sociedade e na Igreja nos seduzem a lembrar e rezar por todos que receberam a graça da vocação e da missão do matrimônio. Ser pai e ser mãe tem as suas preocupações, às vezes, também vento contrário e mar agitado. Tudo para chegar ao outro lado: a maternidade, ser mãe; a paternidade, ser pai. A vida familiar tem as suas agruras, mas especialmente o seu dom: cuidado, comunhão, doação, perdão; ser pessoa. Os pais, as mães deixem ressoar a palavra de Jesus aos discípulos amedrontados: “Coragem! Sou eu. Não tenhas medo!” Confiar no amor primeiro, no encontro único e amoroso! O amor faz o barco da família singrar com mais suavidade.

Cardeal Leonardo Steiner
Arcebispo de Manaus

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