Povos dos Rios Abacaxis e Mari-Mari, há três anos a espera de justiça

A Arquidiocese de Manaus sediou, na manhã do dia 17 de maio, uma coletiva de imprensa para a apresentação de uma carta com manifesto preparado pelo coletivo em prol dos povos da região do rio Abacaxis, da qual fazem parte várias organizações da sociedade civil que reivindicam justiça pelos crimes cometidos contra os povos que habitam os rios de Abacaxis e Mari-Mari nos municípios de Nova Olinda do Norte e Borba, no estado do Amazonas, no ano de 2020.

A motivação foi o indiciamento de duas pessoas da segurança pública pelos crimes cometidos contra os povos dos rios de abacaxis e Mari-Mari em 2020. Estes indiciamentos são resultado de quase três anos de investigação por parte da polícia federal que acompanha o caso conhecido como Massacre do Abacaxis, que consistiu numa operação de extermínio por parte da polícia militar que resultou na morte de seis pessoas, sendo dois indígenas Munduruku e quatro ribeirinhos, o desaparecimento de duas pessoas, e vários relatos de torturas e violações de direitos humanos.

Estiveram presentes na coletiva o Cardeal Leonardo Steiner, arcebispo da Arquidiocese de Manaus; Francisco Loebens, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi); Pe. Sandoval Rocha, do Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (Sares); Gerson Priante, da Comissão Pastoral da Terra (CPT); Tiago Maiká Müller Schwade, do Grupo de Pesquisa Dabukuri; Rosa, da Frente Amazônica de Mobilização em Defesa dos Direitos Indígenas (FAMDDI).

O momento iniciou com as boas vidas feitas pelo Cardeal Leonardo Steiner e seguiu com a leitura da Carta de Manifesto.
Em seguida, cada representante falou o que está ocorrendo no local, sempre enfatizando a necessidade de se fazer justiça pelos que foram mortos, pelos que sofreram tortura e pelos dois desaparecidos.

A coletiva foi transmitida ao vivo pela rede social da Rádio Rio Mar FM e está disponível no link
https://fb.watch/kAN01UDHfn/

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