Seminário é realizado para para tratar da situação da fome e ações para combater a insegurança alimentar no Amazonas

“Insegurança Alimentar e a Fome: As causas e as graves consequências. Como superá-las?”. Este foi o tema do seminário realizado na manhã do dia 30 de março, para refletir a problemática da fome e da insegurança alimentar no Amazonas. O evento contou com a presença do presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado do Amazonas (CONSEA-AM), Clodoaldo Pontes, que tratou da situação da fome e insegurança alimentar do Amazonas; e de instituições governamentais e não-governamentais que apresentaram iniciativas contra a fome.

Para este evento foram convidados agentes de pastorais, estudantes universitários dos cursos de Ciências Agrárias, Serviço Social, Ciências de Saúde, Ciências Sociais, Gastronomia e Nutrição.

“Viemos dialogar sobre a possibilidade de unir as várias frentes de movimentos populares e sociais com a Arquidiocese para enfrentar a fome no Amazonas. Esse seminário tem essa possibilidade de dialogar mais e aprofundar mais e criar uma estratégia comum para enfrentar isso que hoje atinge profundamente o nosso estado e o Brasil. É preciso nos mobilizar, incentivar organismos nas várias áreas de atuação para enfrentar a fome não só distribuindo cestas básicas, mas fazendo algo para que se tenha melhores salários, investimentos na agricultura familiar para que tenham mais produção e haja alimento barato nas feiras, dentre outros. Pensar em do que fazer imediato, mas que se tenha algo macro, mais consistente, onde a política possa incidir efetivamente na realidade da fome”, destacou Clodoaldo Pontes.

Durante o evento houve um painel com instituições governamentais como a Secretaria de Estado de Produção Rural (SEPROR), através do Carlos Henrique Conceição, que é coordenador do Programa Estadual de Combate ao Desperdício e a Perda de Alimentos. Na ocasião, além de apresentar as ações que o programa realiza, colocou-se disponível para as parcerias com a igreja e organismos que trabalham para reduzir a situação da fome no estado.

A Dra. Dionísia Nagahama, Nutricionista, doutora pela FSP/USP e pesquisadora do Laboratório de Alimentos e Nutrição – LAN do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), apresentou diversas iniciativas de melhorar a qualidade da alimentação com palestras em escolas em especial para crianças que se aprenderem a comer bem, tornam-se multiplicadores dentro de suas casas. Também destacou a importância trabalhar na conscientização para evitar o desperdício de alimentos e promoção de cursos que ensinam receitas com aproveitamento integral de frutas, legumes e verduras.  

Segundo a coordenação do evento, este seminário foi um importante por ser momento de conhecer o que as instituições convidadas fazem para reduzir a fome e inserir as pastorais para contribuir, serem os braços que as instituições precisam para que os projetos alcancem mais pessoas em situação de vulnerabilidade

“Agora precisamos verificar de que forma podemos somar com essas iniciativas. Uma delas, a Mesa Brasil, já atende algumas paróquias e áreas missionárias, mas ainda há necessidade de conhecer e participar de outros projetos. Por exemplo, a Pastoral da Criança pode envolver-se no projeto que a Dra. Dionísia tem com o aproveitamento dos alimentos e educação alimentar. Há várias iniciativas que podemos participar, especialmente a de reaproveitamento dealimentos em condições de consumo que seriam descartados. Todos que vieram trabalham em parceria e são conselheiros do CONSEA-AM e a arquidiocese, ao conhecer seus trabalhos, agora pode somar com eles, através das pastorais, identificar o que está sendo feito e ajudar para que os projetos cheguem a onde eles [as instituições] não estão conseguindo chegar e ajudar mais pessoas que estão vivendo a fome ou insegurança alimentar, que é a proposta da igreja nesta Campanha da Fraternidade”, afirmou Patrícia Cabral.  

A Campanha da Fraternidade vem alertar sobre a necessidade dese olhar para a problemática da fome, mas não se encerra com o fim da quaresma. A Arquidiocese de Manaus continuará realizando reflexões que ajudem na conscientização da sociedade para a ajuda ao próximo que está em situação de vulnerabilidade com gestos simples de partilha, mas também continuará reivindicando nos diversos espaços para que o Estado também promova políticas públicas para garantir que não haja mais fome e a insegurança alimentar em nosso Estado.   

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