Um grande sentimento de gratidão e alegria havia em todos que estiveram na missa em ação de graças pelos 20 anos do diaconato permanente na Arquidiocese de Manaus, celebrando o serviço dos três primeiros diáconos ordenados em 16 de março de 2003: Afonso Brito, Armando Borges e Francisco Pontes.
O lugar escolhido para celebrar foi a Igreja Santa Mônica, localizada no Conjunto Manôa, onde teve início o processo de discernimento vocacional, de formação e a ordenação realizada pelo então arcebispo Dom Luiz Soares Vieira. Presidida pelo arcebispo Cardeal Leonardo Steiner, a missa foi concelebrada pelo Padre Leudo Santos, pároco da Área Missionária Santa Mônica e Padre Humberto Vasconcelos.
O Cardeal Leonardo destacou a importância de agradecer a Deus pela instituição do diaconato permanente na Arquidiocese de Manaus ocorrido há 20 anos, por ser uma vocação do serviço e da Proclamação da Palavra, muito necessária na Arquidiocese de Manaus. “São 20 anos de presença ministerial do diaconato permanente. Queremos agradecer a Deus todo o serviço dos diáconos na nossa arquidiocese, agradecer aos diáconos e as esposas, as famílias dos nossos diáconos. Peçamos também aos nossos diáconos a fidelidade, a disponibilidade para bem servir a nossa igreja, as nossas comunidades”, destacou.
Dom Leonardo explicou a importância do diácono ser um homem da palavra e de palavra que ajuda as pessoas a entender o que a Palavra é e representa para a vida dos fiéis. “O diácono é especialmente o homem da palavra. É aquele que proclama a palavra, que tem como tarefa proclamar a palavra, no som, na sua presença, pelo seu modo de ser. Ele sempre estar a proclamar a Palavra de Deus repetindo a Palavra que está na sagrada escritura, mas também fazendo a homilia, tentando ajudar a comunidade a compreender. É o homem da Palavra nas nossas comunidades. O Documento de Aparecida insiste que o Diácono seja fundador de comunidades, então o homem da Palavra, que proclama Palavra, anuncia Jesus e congrega as pessoas que acreditam em Jesus e devagar a Palavra vai constituindo a Comunidade. Ao agradecermos os 20 anos dos diáconos na Arquidiocese, desejamos que sejam cada vez mais os homens da Palavra de Deus, vivendo a Palavra de Deus, lendo a Palavra de Deus, deixando que devagarinho ela ressoe, vá tomando conta. Vemos quantos diáconos na história da igreja foram tão extraordinários como presença, lembrando São Lourenço e outros grandes diáconos, porque sempre escutaram a Jesus Palavra, a Palavra do Pai”, destacou o arcebispo.
“Queridos irmãos diáconos, sejam homens da Palavra, deixem-se guiar pela Palavra para que as Palavras ajudem a fazer nascer comunidades, ajudem que as pessoas compreendam que Jesus é Palavra, é Caminho, é Verdade, e Vida. Vamos rezar para que eles sempre, com alegria, possam levar a Palavra de Deus com disponibilidade, pois em primeiro lugar o diácono é para o serviço da Palavra”, concluiu o Cardeal Leonardo Steiner
Diácono Rozinaldo Trovão, que é o atual presidente da Comissão Arquidiocesana dos Diáconos (CAD), em seu discurso falou da missão do diácono e da importância do apoio da família que é o sustento do seu serviço.
“Nossa missão é levar a Palavra de Deus, servir aos irmãos, anunciar a boa nova de Deus. Não é uma missão fácil, agradecemos a todos que nos ajudam a ser presença onde nós atuamos e agradecemos a Arquidiocese de Manaus que é nossa casa e nós devemos cuidar e servir com amor e alegria, agradecemos aos padres que acolhem os diáconos nas suas paróquias e áreas missionárias, assim como agradecemos ao Cardeal que nos apoia e nos confia esse serviço. Agradeço aos diáconos Afonso, Armando e Francisco que foram os primeiros diáconos ordenados. Hoje temos na nossa Arquidiocese 50 diáconos permanentes, que atuam juntamente com suas esposas, que também deram o seu sim, pois é preciso o consentimento delas para que ocorra a ordenação e são muito importantes no serviço do diácono”, afirmou.
Diácono Armando Borges proferiu palavras de agradecimento a Deus pelo serviço confiado e às esposas que estão diariamente dando o apoio que precisam para exercer o seu ministério diaconal. “Somos muito gratos por tudo. Primeiramente a gente procura ser presença, ser família, ser o acolhedor, ser o homem da Palavra e depois, o restante, vem por acréscimo. Agradeço a todos aqueles que nos apoiam em nossa caminhada”, destacou o diácono Armando Borges.
Diácono Afonso Brito também expressou sua gratidão e recordou um pouco da caminhada. “Depois que Padre Olindo (PIME) chegou aqui, Dom Luiz deu a ele a missão de formar o diaconato permanente. Tivemos uma formação atípica, mas com professores muito dedicados como o Padre Argentino, Padre Cânio, Pe. Olindo, e outros que nos ajudaram nesse caminho. Temos muitas lembranças positivas, bonitas, do trabalho que a gente fez. Aqui foi criado o MCVE [Movimento Comunitário Vida e Esperança] que veio atender as necessidades que tinha na Área Missionária Santa Mônica, Santa Helena e também em parte da região do bairro Santa Etelvina, e eu coordenei o MCVE por sete anos e hoje estou na Cáritas. Agradecemos aos padres que nos acolhem, as irmãs que trabalham conosco. Só tenho a agradecer por esse tempo e pelas experiências vividas. Agradecer por tudo que Deus propõe pra nós”, concluiu Afonso Brito.










