Arcebispo recebe Pálio abençoado pelo Papa em missa solene na Catedral

O último domingo do mês de outubro foi marcado por uma importante solenidade em Manaus. O Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, enquanto representante do Papa Francisco no Brasil, veio à Arquidiocese de Manaus para fazer a imposição do Pálio em Dom Leonardo Steiner em missa ocorrida na manhã do dia 31. O pálio recebido por Dom Leonardo foi abençoado pelo Papa Francisco durante a celebração da Solenidade de São Pedro e São Paulo, no dia 28 de junho de 2020 e somente foi entregue agora em virtude da Pandemia que adiou este momento.

O pálio consiste em uma vestimenta litúrgica usada pelos arcebispos na Igreja Católica, uma faixa de pano de lã branca colocada sobre os ombros dos arcebispos e representa a ovelha que o pastor carrega nos ombros. “Uma insígnia, um sinal usado pelos arcebispos que remete não somente a sua jurisdição do governo do arcebispo metropolitano, mas também o seu cuidado pastoral, tendo nos ombros sempre o seu rebanho, as ovelhas do seu povo”, afirmou Pe. Zenildo durante o comentário inicial. Ele também apresentou Dom Giambattista, que é italiano, arcebispo desde 2005, e já exerceu a função de núncio apostólico em diversos países: Panamá, Bolívia, Índia, e agora está no Brasil, e no último domingo trouxe para Manaus a saudação do Santo Papa e o sinal (o Pálio) que Dom Leonardo passa a carregar nos ombros.

Durante o rito de imposição, ocorrido no início da celebração, Dom Giambattista lembrou o que simboliza o Pálio. “O Pálio nos lembra o jugo sagrado de Cristo que é colocado em cada batizado. O jugo de Cristo é idêntico à sua amizade, um jugo de amizade, e por tanto um jugo suave, mas como tal, é um jugo exigente […] É um jugo que une no amor com Deus Pai e na amizade com Jesus Cristo, na disponibilidade para os outros, assim como se exige do Pastor que cuide dos fiéis, amando Cristo que é a Igreja”, afirmou o Núncio Apostólico.

Segundo o Núncio, a lã do cordeiro, que foi usada para a confecção do Pálio representa o pastor que se tornou um cordeiro por amor a nós e torna-se o símbolo da vocação, do chamado de Cristo, o Bom Pastor, além de também significar a comunhão com Pedro, com o Santo Padre, o Papa Francisco, e assim realmente levam os homens a Cristo; expressa a colegialidade dos bispos, a sinodalidade da Igreja.

Diante do Núncio, Dom Leonardo Steiner renovou sua profissão de fé e o seu juramento de fidelidade e comunhão com o Papa, com a missão e com o povo de Deus. Em seguida, Dom Giambattista colocou sobre os ombros do arcebispo de Manaus o Pálio, reafirmando que confia a Dom Leonardo a missão de arcebispo.

Na sua homilia, o arcebispo de Manaus fez uma reflexão sobre o amor a Deus e o amor ao próximo, a recordação do primeiro e único mandamento, recorda Santo Agostinho: “Deus não te pede muitas coisas, porque por si mesmo, o amor é o pleno cumprimento da lei, mas este amor é duplo: amor a Deus e amor ao próximo. Quando Deus te manda amar o próximo, não te diz: ‘ama-o com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente’, mas te diz: ‘ama o teu próximo como a ti mesmo’. Portanto, ama a Deus com todo o teu ser, porque Ele é maior do que tu; ama o teu próximo como a ti mesmo, porque ele é como tu”, destacou.

Dom Leonardo também afirmou que o Pálio é um símbolo de comunhão com o sucessor de Pedro, de comunhão entre as igrejas da metropolia no Amazonas [e Roraima], é sinal e símbolo de unidade entre as igrejas particulares que formam a província eclesiástica de Manaus, fato expressado na presença de Dom José Albuquerque e Dom Tadeu Canavarros, bispos auxiliares de Manaus; Dom Mário Pasqualotto, bispo auxiliar emérito de Manaus; Dom Gutemberg Regis, bispo emérito de Coari; Dom José Ionilton, Lisboa de Oliveira, bispo de Itacoatiara; e o padre Waïbena Atama Mahoba Mellon, administrador prelatício de Tefé.

“Nós zelaremos pela comunhão e pela unidade, uma comunhão entre as nossas igrejas, tornará presente a comunhão como o ministério petrino, e na unidade as nossas igrejas se tornam presentes os sonhos de Querida Amazônia. Por ser comunhão e unidade, o Pálio representa um jugo suave, presente nas celebrações litúrgicas deseja recordar, rememorar, que nos pertencemos como igreja, que estamos sempre em comunhão, e que temos um compromisso e uma responsabilidade, entre nós, igrejas da Amazônia, mas é também um convite à fortaleza diante dos grandes desafios que devastam a Amazônia, fortaleza para ser sinal de esperança e transformação, edificação e vida fecunda”, destacou Dom Leonardo.

Fotos: Érico Pena – Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Manaus

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