Na manhã do dia 28 de fevereiro, bispos, padres e diáconos da Arquidiocese de Manaus participaram da reunião mensal do clero realizado no auditório do Centro Arquidiocesano São José, sob a condução da Pastoral Presbiteral e do arcebispo Dom Leonardo Ulrich Steiner.
Nesta primeira reunião de 2020, a fala principal foi a respeito da Campanha de Superação da Violência e criação de uma cultura de paz, com as falas de Padre Geraldo F. Bendaham, que fez uma introdução sobre o assunto a partir da prioridade elencada no Plano de Evangelização Pastoral, resultante da 10ª. Assembleia Pastoral Arquidiocesana, e Padre José Alcimar Araújo, que promoveu uma reflexão com os presentes sobre ações concretas para se criar uma cultura de paz.
Na ocasião foram apresentadas três dimensões: a pessoal, compromisso de cada um cultivar a cultura da paz; a eclesial, criar a cultura de paz dentro das estruturas eclesiais; e política, buscando ter incidência política na sociedade para se ter respostas mais concretas e duradouras de combate à violência.
Segundo Padre Alcimar existe uma equipe que tem trabalhado em propostas e articulações e uma delas foi a Caminhada pela Paz realizada em vários locais da Arquidiocese de Manaus, no primeiro dia de 2020, mas esta exposição ocorrida na reunião do clero foi a primeira atividade oficial. “A Ideia é que esta equipe continue se articulando e organizando-se para promover fóruns, seminários. A ideia de hoje foi abordar o tema e verificar de que maneira os padres podem contribuir com ações concretas. É muito difícil responder a questões sobre a superação da violência, mas surgiu a proposta de ampliar o grupo com pessoas da sociedade civil, seja do judiciário, seja da OAB, e outros que possam somar nesta temática da superação da violência”, explicou Padre Alcimar.
Ao final, após ouvir a explanação dos padres e as propostas, Dom Leonardo afirmou que promover a paz e combater a violência é questão de vida. “Os meios de comunicação não conseguem mais ressaltar a beleza da vida e sim a violência. Diante disso, quem mais sofre é a periferia, não podemos perder as periferias, não podemos perder o ensino universitário, temos que estar presentes para ajudar a sociedade a refletir. Temos que conseguir colocar devidamente as coisas, maior clareza. Constituir um grupo de debate com pessoas confiáveis para ampliar e descobrir as raízes da violência, historicamente, sociologicamente, psicologicamente”, afirmou Dom Leonardo.