12° Seminário dos Bispos Referenciais para as Cebs e para o Laicato reúne religiosos(as) e cristãos leigos(as) em Brasília

Nos dias 24 a 26 de setembro de 2019, aconteceu no Centro Cultural Missionário em Brasília, o 12° Seminário dos Bispos Referenciais para as Cebs e para o Laicato. O evento contou com a presença de 57 participantes entre Bispos, padres, religiosos e religiosas,  cristãos leigos e leigas das diversas expressões laicais. Da Arquidiocese de Manaus estiveram presente Nete Sousa pelas CEBs e Patrícia Cabral pelo Laicato, representando o Regional Norte 1 

No primeiro dia o Dr. Melillo Diniz apresentou uma Análise de conjuntura política do Brasil, ressaltando a complexidade do país, as contradições, pobres cada vez pobres e ricos cada vez mais ricos. As polarizações que surgiram desde as eleições que acabou interferindo até na vida eclesial. Fez um questionamento quanto a vivermos uma Época de mudanças? Mudança de época? Ou uma Metamorfose? Ressaltou que o centro de poder está no executivo federal e que vivemos um presidencialismo de coalizão, um autoritarismo legal e um governo errante errático. 

Em seguida o Padre Ernanne Pinheiro fez uma conjuntura eclesial, mostrando que Deus fala também através de diversos acontecimentos. O primeiro é um dos aspectos fundamentais da mística do Concílio Vaticano II foi colocar a Bíblia nas mãos do povo (Dei Verbum). Para que a Palavra de Deus seja “viva e eficaz” a Missão exige que a Bíblia esteja numa mão e o jornal na outra (expressando a relação fé-realidade). Como bem expressa a Gaudium et Spes (CF GS 1 e 4). O 2° refere-se a igreja no Brasil ao procurar levar a sério a aplicação do Vaticano II já trouxe de Roma na sua bagagem um Plano de Pastoral de Conjunto tendo como projetos básicos a recepção dos seis principais documentos (Lumen Grbtium, Ad Gentes, Dei Verbum, Sacrossanctum Concilium, Unitária Redintegratio, Gaudium et Spes).

O 3° nos lembra que ao comemorarmos, no ano passado, os 50 anos de Medellín (1968), relembramos uma afirmação de Dom Avelar Brandão, então presidente do CELAM, na introdução do documento : ” Começa para a Igreja da América Latina, ” um novo período de sua vida eclesiástica “, conforme desejo do Papa Paulo VI.” O 4° são os modelos de igreja que configuram nossa ação evangelizadora, dentro de sua variedade e riqueza, estão orientados numa perspectiva mais institucional, com pouco Espírito missionário e profético, apesar dos esforços e dos apelos insistentes de documentos da CNBB, da conferência  de Aparecida e do Papa Francisco. E o 5° apresenta o Papa Francisco, como o grande protagonista da renovação da Igreja: a imoralidade, no Ensino Social da Igreja a importância dos movimentos populares, na questão da missão a importância dos cristãos leigos e leigas.

A tarde o Padre Marcus Barbosa apresentou o Documento da CNBB 109 Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2019-2023, “Temos um grande instrumento eclesial, pastoral que nos exige uma conversão pastoral e cristã na Igreja do Brasil”, disse o padre. E destacou o que nos diz: “Objetivo Geral nos apresenta a evangelização como a alma da Igreja, nos mostra de modo especial o decreto ad gentes reforçando e retornando a fonte, num processo que nasce no Vaticano II” pág 13. O Padre Marcos disse ainda que “Evangelizar é a razão de ser na Igreja. O anúncio do evangelho, é a evangelização como caminho,  ela se dá quando os cristãos assumem ser sal da terra e luz do mundo, e pelo testemunho. Cada vez mais o testemunho se torna Jesus Cristo.

Evangelizar no Brasil cada vez mais urbano, pelo anúncio da Palavra de Deus, formando discípulos e discípulas de Jesus Cristo, em comunidades eclesiais missionárias, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, cuidando da Casa Comum e testemunhando o Reino de Deus rimo a plenitude. Entender a mudança de época olhando o urbano, que percebemos no Documento de Aparecida, estamos percebendo agora, sobre tudo a influência da grande mídia, item 46 Doc 109. Com que olhar, com que caminho, é propositiva, é fundada em Hebreus, Deus está na cidade, item 114. Perceber as luzes da realidade, tendo o horizonte. O reino é mais, é a plenitude da presença de Deus. Pensar no Reino é ter esperança.  Ganhar a leveza de esperança,  galinheiros do Reino. A alegria dos evangelizadores é sermos todos peregrinos da Trindade.”

No segundo dia pela manhã Dom Geovane de Melo apresentou Dom Gabriel que foi escolhido para ser o novo o bispo referencial  das CEBs. Em seguida falou do planejamento do quadriênio que encerra este ano, e juntamente com Laudelino, assessor nacional do Laicato, distribui as equipes para os trabalhos de grupo, onde cada grupo avaliando sua caminhada sugeriu os caminhos para o novo quadriênio como formação,  evento e subsídios. Tais propostas serão apresentadas no próximo encontro da comissão que irão sintetizar e definir dentro do novo planejamento as atividades que serão realizadas.

A tarde os bispos referenciais das Cebs e Laicato apresentaram as atividades que estão acontecendo em seus regionais. Depois foi a vez das expressões Laicais (Cebs, CNLB, CEFEP e a Associações Laicais nascidas a partir dos carismas das ordens e congregações religiosas). Foi apresentada a caminhada de cada expressão laical, onde estão, quais suas atuações e atividades que desenvolvem.

No terceiro dia após a celebração eucarística presidida por Dom Geovane, bispo referencial do Laicato, foi dado continuidade nas apresentações dos bispos. Em seguida as comunicações das Expressões laicais (CEBs, CNLB, CEFEP e Laicato) quem somos, onde estamos e as atividades futuras. Dom Geovane apresentou a propostas das atribuições dos bispos referenciais. O Seminário foi finalizado com a bênção e envio por Dom José Mário. 

Informações e fotos: Patrícia Cabral

 

 

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