Encontro das CEB´s em Cacau Pirêra finaliza com missa campal presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Manaus

Nos dias 14 e 15 de setembro, as Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s), da Arquidiocese de Manaus realizaram um encontro de formação, na Área Missionária Nossa Senhora Aparecida (AMNSA), no distrito do Cacau Pirêra, tendo a Comunidade Sagrada Família, localizada no km 5 da Estrada Manoel Urbano, que acolheu e recepcionou com grande alegria os participantes vindos das demais comunidades eclesiais.

Cerca de 50 pessoas participaram deste evento, coordenado pela senhora Antônia Maria dos Santos Silva, da comunidade de Santo Antônio da Área Missionária São Pedro Apóstolo, e assessorado pela Ir Eurides Alves, Gerson Priante e Moises Aragão. A temática deste encontro tinha como objetivo fazer uma análise de conjuntura político-social e eclesial; e como não poderia faltar, foi abordado também a temática do sínodo para Amazônia que acontecerá no próximo mês de outubro, em Roma.

O ponto alto deste encontro foi a celebração e a caminhada dos mártires na histórica vila do Paricatuba, na comunidade de Santa Terezinha do menino Jesus. Localizada no km 21 da Estrada Manoel Urbano. Esta celebração revestiu-se de grande emoção pela participação e presidência do Arcebispo Metropolitano Dom Sergio Castriani. Durante a celebração, todos se reuniram nas escadarias da ruína histórica que, em tempos idos, foi local de formação e educação quando da presença dos padres franceses, da congregação do Espírito Santo.

O local também abrigou um hospital, que acolhia os hansenianos, e, posteriormente deu lugar a um presídio. Ali diante das ruínas ecoava a voz de uma moradora que há 50 anos vivem neste local, comoveu a todos o seu testemunho de vida pois, filha de pai e mãe hansenianos, quando nascida teve de ser tirada da convivência de seus pais e levada para Manaus onde crescera. Sua história de luta e perseverança fez com que esta mulher superasse todos os traumas e hoje professora formada é gestora da escola local.

Animados pela fé todos partiram, caminhando e cantando, rumo à igreja histórica de Santa Terezinha, para a missa campal presidida por Dom Sérgio e concelebrada pelo Pe. Cândido Cocaveli, com a participação dos diáconos permanentes Ricardo Pereira, Ronaldo dos Santos, Nelson Nogueira, dos seminaristas Ivo, Livio, Tiago e Diego, dos ministros da palavra e extraordinários da comunhão eucarística, além das dezenas de comunidades representadas por suas coordenadoras e pelo povo.

Não há dúvida que foi uma festa bonita de se ver! A igreja está viva e é conduzida pelo Espírito Santo que nos congrega e faz de nós um corpo bem unido no Senhor. Temos a certeza de que somos um povo que tem um Deus que nos fala, mas que também nos escuta e ouve o nosso clamor.

A liturgia da palavra recorda-nos a caminhada histórica de libertação do povo de Israel que em meio às fragilidades e as dificuldades de entendimento dos desígnios do Senhor, muitas vezes abandonava os preceitos que Ele lhe prescreverá. A carta de São Paulo revela o coração agradecido do apóstolo pela confiança que Deus, em Cristo Jesus, lhe confiara. O Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas nos narrou a bela página da parábola do Pai misericordioso, cheio de compaixão, abraço E beijar o corpo combalido do filho que se desgarrou, mas que, arrependido volta para casa. Eis a razão da festa: temos um Deus que não desiste de nós!

Ao término muitas palavras de agradecimento de gratidão pela realização deste evento, como marco da caminhada das comunidades eclesiais de base da Arquidiocese de Manaus. A presença do Arcebispo Metropolitano além de incentivar revela também o rosto da igreja de Manaus: comunidades vivas, animadas pelo Espírito, todos bem unidos no serviço e na caridade. Foram muitas as mãos que se juntaram na festa da solidariedade da partilha, onde todos foram acolhidos, comeram e beberam e se confraternizaram como verdadeiros irmãos do Senhor.

Texto colaboração: Pe. Cândido Cocaveli

 

POEMA: AS BELAS MÃOS DE UM SARCEDOTE, lido em homenagem ao Arcebispo

Autor: Márcio Guimarães de Oliveira, Ministro da Palavra.

 

Precisamos delas quando a vida começa,

precisamos de novo quando ela acaba;

sentimos nelas a verdadeira amizade,

precisamos delas durantes as tristezas da vida.

 

Quando chegamos a este mundo somos pecadores,

 tanto grandes como pequenos.

E as mãos que nos tornam puros como anjos

são as belas mãos de um sacerdote.

 

No altar, a cada dia, contemplamo-nas,

e as mãos de um rei em seu trono

não são iguais a elas em sua grandeza.

Sua dignidade é sem igual.

 

No silêncio da manhã que vem surgindo

antes que o Sol nasça no oriente,

lá Deus repousa entre os puros dedos

das belas mãos de um sacerdote.

 

Quando somos tentados e trilhamos

as vias da vergonha e do pecado

as mãos de um sacerdote nos absolvem.

Não apenas uma vez mas várias.

 

E quando nos unimos em Matrimônio

outras mãos podem preparar a festa.

Mas as mãos que nos abençoa e nos une,

são as belas mãos de um sacerdote.

 

Deus os abençoe e os mantenha todos santos,

pela Hóstia que seus dedos seguram,

o que pode um pobre pecador fazer melhor

do que pedir a Deus que nos dê estes para nos abençoar?

 

Quando o orvalho da morte cair em nossos olhos

que nossa coragem e força possam ser aumentadas

por ver levantadas sobre nós em bênção

as maravilhosas mãos de um sacerdote.

 

 

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