Missionárias na evangelização no Rio Preto da Eva

Texto Ana Paula Lourenço

 Foto Arquivo Das Irmãs Mensageiras De Santa Maria

O Plano de Evangelização da Arquidiocese de Manaus (2019-2022) destaca como um dos desafios a presença missionária no interior e nas periferias. Estamos em meio a uma região de missão, com comunidades localizadas em áreas de difícil acesso, que para chegar são necessários dias de viagem e raramente possuem celebração eucarística, e se mantém com fé firme, transmitidas por seus familiares. E Deus suscita vocações missionárias, são leigos e leigas, religiosos e religiosas que se dispõem a deixar tudo para viver a experiência de evangelizar em terras amazônicas. É o caso de congregações religiosas como das Mensageiras de Santa Maria, que desde 2016, mantêm três irmãs missionárias no município de Rio Preto da Eva, auxiliando a Paróquia São Pedro no trabalho em áreas mais carentes onde falta tudo, mas não falta a fé.
A irmã Apolônia Carvalho Gomes, foi a primeira a chegar na Arquidiocese de Manaus sendo convidada pela CNBB para colaborar no projeto igrejas irmãs entre os regionais Norte 1 e Sul 1, auxiliando na evangelização no município de Manaquiri, com outras missionárias de diversos carismas. Em 2016, a Congregação Mensageiras de Santa Maria instalou uma casa de missão no município do Rio Preto da Eva, que possui 39 comunidades. Para esta missão foram designadas as irmãs Apolônia, Maria da Penha e Dulcinéia Sousa e elas passaram a residir em uma das áreas mais pobres do município, chamada Bairro da Paz, que surgiu de uma ocupação. Elas conhecem bem a realidade de quem mora no município por acompanharem de perto e vivenciarem com seus moradores suas dificuldades de sobrevivência e de presença da Igreja e seus sacramentos.

“Saímos da zona de conforto e viemos para o interior do Amazonas, atendendo ao chamado para atuar junto aos necessitados, aos esquecidos pelo poder público. Normalmente saímos na sexta, pegamos um ônibus que nos leva até certo ponto e pegamos uma voadeira que nos leva até o local da missão. Geralmente passamos o fim de semana em uma comunidade. São comunidades lindas, natureza belíssima com um povo tão bom, doce e acolhedor”, destacou irmã Apolônia.
Estas missionárias atuam nos bairros, em áreas mais carentes, ribeirinhas e também fazem um importante trabalho na aldeia indígena, onde têm um bom entrosamento; muitos desses lugares com muitas dificuldades de acesso, algumas tendo acesso pela estrada de carro ou ônibus e outras por voadeira. Trabalham na organização das comunidades, na formação de líderes comunitários, na educação ambiental para que não poluam o rio. Também realizam celebração da Palavra e ministram o batismo quando necessário.
“Atuamos na organização da comunidade, formando líderes, conscientizando os ribeirinhos sobre os cuidados dos rios que estão sendo poluídos, dentre outras coisas. Nosso planejamento é inteira- mente feito observando o Plano de Evangelização da Arquidiocese de Manaus. Conheço muitos planos de evangelização de diversas dioceses, mas este que usamos aqui é um dos mais encarnados na realidade, pé no chão, por ter sido construído junto com quem está nas bases”, explicou irmã Apolônia.
Este é apenas um dos exemplos de atuação missionária na Arquidiocese de Manaus, em realidades desafiantes que precisam de aporte financeiro para locomoção (combustível, passagens de barco e ônibus, etc…) e auxílio às necessidades ele- mentares da vida missionária, como a compra de material para catequese, material litúrgico do dia a dia, alimentação, dentre outros.

 

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