Constata-se que a exploração sem limites do meio ambiente tem provocado uma grave crise ambiental planetária. A crise está tendo consequências que podem comprometer as presentes e as futuras gerações. Envolvido neste processo de destruição da natureza está o seu principal ator, o ser humano, capaz de construir coisas bonitas, mas também pode ser responsabilizado pela exploração e morte do próprio habitat.
Basta pensar nos quilos de lixos produzidos pelas famílias diariamente; indústrias que não têm projetos de reciclagem e se livram do lixo, jogando nos rios, terrenos baldios que acumulam lixos ou até mesmo deixados nas ruas das cidades que acabam dentro do esgoto. O mais grave é o lixo sólido e eletrônico quando descartado aleatoriamente causando morte ao meio ambiente.
Observa-se que nas cidades e no interior as áreas verdes invadidas ou ocupadas por pessoas necessitadas de moradia ou pelas construções das indústrias, da habitação residencial planejada e pelo agronegócio são em geral destruídas. Assim também ocorre com os rios, igarapés e paranãs da Amazônia. Os megaprojetos governamentais com construções de grandes hidrelétricas têm trazido destruição da natureza e extermínio de culturas indígenas, caboclas e ribeirinha da Amazônia.
Os danos ambientais provocados pelo desenvolvimento econômico irracional predador têm sido maiores que os benefícios trazidos pelo advento da economia e as consequências podem ser vistas e sentidas pelas populações que não respiram mais um ar puro, que têm que pagar caro pela água para beber que já está escassa e poluída. O desmatamento e as queimadas também desequilibram o ecossistema, provocando grandes tempestades de chuvas ou estiagem longas.
Diante da grave crise ambiental que está comprometendo a qualidade de vida do planeta e de todas as pessoas que nele habitam, urge mudança de comportamento do ser humano para com a natureza. É urgente estabelecer um novo vínculo amoroso e harmonioso com a natureza. O Papa Francisco em sua Encíclica Laudato Si’, insiste para que as pessoas façam o exercício da Conversão Ecológica e compreendam que a natureza faz parte da vida de cada pessoa. Há uma verdadeira simbiose, ou, seja não se pode separar a pessoa da questão ambiental. Se ferir a natureza está agredindo o ser humano. A isso o Papa Francisco chama de Ecologia Integral, onde tudo está interligado na natureza. Então, sabe-se que não se pode mais viver ignorando a crise ambiental e que é preciso agir para garantir que as crianças possam desfrutar do planeta que os adultos vão cuidar para que não ocorra um ecocídio.
Pe. Geraldo Bendaham