A Quaresma é um tempo favorável à prática penitencial da Igreja. Conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica esses tempos são particularmente apropriados aos exercícios espirituais, às liturgias penitencias, peregrinações em sinal de penitência, privações voluntárias como o jejum e a esmola, e a partilha fraterna.
O presidente da Comissão para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Armando Bucciol, afirma que na Bíblia não se encontra a palavra penitência. Fala-se, no entanto, da necessidade e urgência de se converter, de acreditar na “bela notícia”.
A palavra “penitência” significa simultaneamente duas coisas que, embora distintas, estão indissociavelmente ligadas: uma virtude e um sacramento, a virtude da penitência e o sacramento da penitência afirma o Padre Amarildo Luciano.
Quando se fala de penitência, as pessoas logo imaginam práticas exteriores ou pior, numa visão totalmente distorcida. Na verdade, a essência da penitência é interior e não se confunde com práticas exteriores como o jejum, a esmola.
As práticas exteriores pouco ou nada valem sem a penitência interior. «Rasgai os vossos corações e não os vossos vestidos, convertei-vos ao Senhor vosso Deus, porque Ele é benigno e compassivo» (Jl 2,13). A Penitência deve ser um sinal de verdadeira conversão ao Senhor de toda a nossa vida”, finaliza.
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Rádio Rio Mar – Rafaella Moura