A Cáritas Arquidiocesena e a Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus (Comipe) estão promovem até o dia 20 de abril, o Fórum da Valorização dos Povos Indígenas em Manaus e Entorno, cujo objetivo é o fortalecimento e difusão das práticas culturais dos povos indígenas na cidade, sua realidade e desafios, e a construção de um Projeto de Lei para os povos indígenas que habitam na área urbana da cidade de Manaus. O encontro ocorre no auditório Mãe Paula, no Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus (Cefam), com atividades que iniciam às 8h30 e encerram às 17h.
Segundo o coordenador da Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus (Comipe), Turi Satere, é uma alegria receber os parentes para discutir as necessidades dos grupos que ainda mantêm a sua cultura, mesmo estando em zona urbana, e que precisa ter seus direitos garantidos, mesmo que não estejam vivendo em aldeias, assim como os demais amazonenses, precisa ter a terra para morar, educação que respeite e dê continuidade à sua língua e cultura, assistência à saúde diferenciada, respeitada a sua cultura e poder também desfrutar de lazer. Afirmou ser este um momento para se formalizar um documento para reivindicar seus direitos.
Marcivânia Rodrigues, coordenadora da Pastoral Indigenista da Arquidiocese de Manaus, iniciou com um abordagem sobre o contexto histórico da resistência indígena em Manaus, sendo esta cidade considerada um território sagrado para os indígenas pois abrigou o povo Manaó. A prova disso é que em vários locais da capital do Amazonas encontrou-se relíquias arqueológicas desse povo que foi escravizado pelos Portugueses que aqui chegaram. Ela afirmou que hoje, em zona urbana e entorno, há mais de 30 mil indígenas em Manaus, sendo 42 povos que falam 15 línguas diferentes.
O evento segue até sexta-feira (20/4), e discutirá as temáticas Terra e Moradia, Educação Indígena Diferenciada, Saúde Indígena Diferenciada, Economia Indígena e Cultura Indígena, Esporte e Lazer.