Arcebispo celebra Vigília Pascal na Igreja da Matriz

O Arcebispo Metropolitano de Manaus, Dom Sergio Castriani, presidiu na noite deste sábado (31/03), na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição (Igreja da Matriz), a celebração mais importante do calendário litúrgico cristão, a Vigília Pascal, que representa o aguardo pela ascensão de Jesus sobre a morte. A Vigília foi dividida em quatro momentos solenes: Celebração da Luz (benção do fogo, procissão do círio pascal e proclamação da Páscoa); Liturgia da Palavra (com sete leituras, sete salmos e sete orações); Liturgia Batismal (onde é realizada a benção da água) e Liturgia Eucarística.

A celebração, que é considerada “a mãe” de todas as vigílias, começou com o povo todo do lado de fora da igreja, em frente a entrada principal, onde aconteceu o rito da benção do fogo, com o arcebispo acendendo o círio pascal na fogueira e adentrando em procissão na igreja (com as luzes apagadas) com os fiéis logo atrás tomando seus lugares e cantando com uma vela acesa, permanecendo assim até o fim da proclamação da páscoa, quando todos se sentaram para acompanhar as leituras bíblicas que fazem parte da liturgia da palavra, onde foram proclamadas sete leituras e sete salmos muito bem cantados e meditados pela assembleia.

Após a homilia de Dom Sergio, que falou sobre a história de perdão e misericórdia, da fé na ressurreição e na vida nova em Cristo Ressuscitado e também fez um breve resumo das leituras proclamadas, o arcebispo realizou um dos momentos mais importantes: a benção da água batismal, realizado após o canto da ladainha de todos os santos. “De queda em queda a gente vai caminhando, assim é a história da humanidade com Deus, por isso todos nós estamos aqui para renovar o nosso batismo que é o compromisso fundamental com o Senhor”, disse Dom Sergio. Na sequência, com todos de pé e novamente com a vela acesa, o arcebispo realizou a renovação das promessas do batismo.

Ao final da celebração, foi realizado um ato concreto de Páscoa, quando os paroquianos, fizeram um banquete para partilhar com todos os participantes, mas principalmente com as pessoas que vivem em situação de rua. “Nós agradecemos todos aqueles agentes de pastoral e das comunidades de vida da paróquia que, na sua disponibilidade e alegria, puderam partilhar e nos trazer alimentos, para serem repartidos com os moradores de rua, nesse momento que é quase uma ceia. A todos vocês que vieram, desejamos uma feliz páscoa cheia de graça de Deus a vocês e seus familiares”, disse Pe. Hudson ao término da celebração.

Ceia com os moradores de rua

Enquanto a celebração ocorria dentro da igreja, uma equipe de vários agentes de pastoral, coordenados por Ana Prestes, preparavam com todo carinho o banquete que seria servido na área externa da igreja, assim que finalizasse a celebração, os moradores de rua que iam chegando, ficaram aguardando pacientemente o grande momento do refeição, sentados próximos à mesa, que tinha aproximadamente uns 20m, repleta de vários alimentos que foram doados para a ceia da páscoa com os moradores de rua e os demais participantes da celebração que também foram chamados.

“Pe. Hudson me convidou para que eu organizasse essa ação social e eu fiquei sendo a responsável por pedir e organizar todos os alimentos que nossos paroquianos já trouxeram pronto. Comecei a organizar as 15h e acabamos praticamente agora na metade da celebração. Temos cerca de 300 sopas e canjas, 150 refeições, 120 cachorro-quente, 500 salgadinhos, vários bolos, 100 marmitas, 150 farofas de calabresa e jabá, refrigerante, suco, além do mingau de mungunzá”, explicou Ana Prestes. Ao fim, todos comeram, repetiram e ainda levaram para casa. “O pessoal que vive na rua é um povo muito verdadeiro porque perdeu tudo, por isso sabe agradecer e sabe reconhecer”, comentou Dom Sergio que já chegou a participar durante oito anos da Pastoral do Povo de Rua (PPR).

A satisfação estava estampada não só no rosto do povo da rua, que agradeceram sem parar, mas também no rosto dos organizadores do evento que tiveram a certeza que fizeram a diferença na páscoa desses nossos irmãos mais necessitados. “A gente celebra a Páscoa da vida e, entre as necessidades básicas da vida, estão a necessidade de comer, de beber e de dormir, então, porque não trazer aquilo que é realmente dá páscoa, em forma de partilha e resgatar o amor ágape, que não deve ser apenas lembrado na época do natal. Foi um momento bonito, onde todo mundo comeu, se alegrou, agradeceu e ainda levou para casa, e, que dessa iniciativa, venham muitas outras a favor do bem, pois a nossa ideia é transformar esse gesto como uma tradição de páscoa aqui na igreja do centro de Manaus”, comentou o pároco.

 

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