A paróquia de Santa Cruz, localizada na Av. Constantinopla – conjunto Ajuricaba, celebrou na noite desta quinta-feira (14/9), a Festa da Exaltação da Santa Cruz, o símbolo que manifesta para sempre e para todos, o amor infinito de Deus por cada um de nós. A Santa Missa foi presidida pelo pároco, pe Celso Ferreira e concelebrada pelos padres Paulo César Ferreira (pároco de Nossa Senhora das Graças) e padre Sousa (vigário paroquial da paróquia São Raimundo). Na ocasião também foi lembrando os 41 anos que a paróquia completou, sendo um lugar de evangelização, solidariedade e sobretudo, um templo dedicado à Santa Cruz.
A recepção foi feita por integrantes do Terço dos Homens e agentes da Pastoral Familiar, que acolhiam a todos com um sorriso fraterno. Dentro da igreja, a alegria era visível em todos os paroquianos provenientes das seis comunidades que compõe a paróquia. “Os festejos começaram com o tríduo nesta segunda-feira e hoje estamos encerrando essa bonita festa. Para nós é uma alegria muito grande todos os anos viver esse momento, contando com a participação da comunidade que sempre se faz muito presente, com seus movimentos e grupos agindo em comunhão, isso é muito motivador e damos graças a Deus por nossas comunidades serem unidas”, comentou Ana Núbia, coordenadora da Pastoral Familiar do Setor Alvorada, do qual a paróquia pertence.
E união realmente não faltou, a sintonia entre as equipes era uma coisa bonita de se ver, o que tornou a celebração ainda mais participativa. Após a proclamação do evangelho, realizada pelo pe Paulo César, pe Sousa tomou a palavra para conduzir a homilia de forma impecável, passeando entre os paroquianos, cantando e conversando com eles, gerando uma aproximação maior entre os fiéis. Durante o seu discurso, pe. Sousa deu ênfase na importância da festa de santa cruz e salientou que hoje em dia, poucas são as pessoas querem carregar sua própria cruz.
“Hoje em dia falar da cruz é contradição, hoje em dia nos colocar diante da cruz é um absurdo, porque são poucos os que querem carregar sua cruz, todos só querem sombra e água fresca. O sentido da festa de hoje está no resgate desse ser humano por Deus, porque Ele não nos abandona, seja qual for a nossa revolta ou nosso pecado, Ele nos ama infinitamente, pois como diz no evangelho: eu não vim condenar ninguém, eu vim salvar todos os homens e todas as mulheres. É essa a festa bonita da Santa Cruz, Deus nos dando o seu amor fiel, mesmo nós sendo infiéis”, comentou.
Antes de finalizar, Pe Sousa também explicou o significado da Cruz. “Quando fazemos o sinal da cruz, nós fazemos duas ‘hastes’: a vertical e a horizontal. A vertical significa que Deus desce para nos levantar, e essa é a manifestação do amor verdadeiro Dele para seus filhos. A haste horizontal, significa o abraço de Deus, mas não existe amor à Deus se não existir o amor ao irmão, pois não existe amor à Deus só vertical, existe na vertical e na horizontal e isso que nos faz diferentes. Que Deus nos dê força e coragem de não desanimar diante de tantas cruzes que aparecem em nossa vida, pois as cruzes aparecem para que nós possamos carrega-la com alegria em busca da nossa salvação”, concluiu.
“Eu canto aqui desde os 15 anos, quando eu fiz o Crisma e comecei minha caminhada aqui na paróquia. A comunidade é muito acolhedora, em todas as celebrações a gente sai daqui alegre e hoje, foi incrível a homilia, fiquei encantada com as palavras do pe. Sousa que fez a gente participar e refletir sobre o sacrifício da Cruz e aí a gente verifica que no diga-a-dia convivemos com nosso irmão e não aceitamos como ele é, com suas qualidades e defeitos, talvez essa seja a Cruz que nos é imposta, para amar o outro como irmão e não apenas como amigo, porque amigo a gente escolhe e irmão não”, comentou Hellen Maciel, da equipe de música e liturgia.
Ao final da celebração, todos cantaram os parabéns à paroquia com todos os movimentos e pastorais presentes, com direito à bolo e coquetel após a benção final. “Foi um momento de comunhão, com todos reunidos e animados, onde todos participaram com muita alegria quando nos reunimos em torno da cruz, para venerarmos de fato esse amor que Deus derramou sobre nós entregando seu filho único para nos salvar na cruz. Por isso para nós, a cruz deve ser sempre um símbolo de entrega e doação e, somente com amor nós podemos enfrentar as cruzes que aparecem em nossa vida”, comentou o pároco.