Missa de ação de graças celebra os 50 anos de vida religiosa de Ir. Santina

A Paróquia São Raimundo, realizou na noite deste sábado (24/06) a celebração eucarística em ação de graças pelos 50 anos de Vida Religiosa Consagrada (VRC) de Ir. Santina Perin. Presidindo a celebração estava Dom José Albuquerque, bispo auxiliar de Manaus, que concelebrou ao lado do Pe. Ricardo (pároco), Pe. Zenildo, Pe. Ronaldo, Frei Paulo e dos padres visitantes Pe. Lindomar (prelazia de Itacoatiara), Pe. Marcos (diocese de Parintins), Pe. Isaías (Alto Solimões), Pe. Valdivino (diocese de Coari), auxiliados pelo diácono Francisco Andrade.

A santa missa também contou com a participação de religiosas de várias congregações e das três irmãs de sangue da Ir. Santina, que vieram diretamente do Rio Grande do Sul, além da presença de vários amigos e admiradores que lotaram a igreja. Durante a solenidade, também foi  celebrado a festa do Imaculado Coração de Maria; a natividade de São João Batista e a abertura do Bicentenário da Bem-Aventurada Bárbara Maix, fundadora da congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria (ICM), a qual Ir. Santina faz parte.

“Hoje temos muitos motivos de louvar e agradecer a Deus, para nos sentir amados, escolhidos, enviados em missão, pois foi Deus que nos chamou, nos consagrou e nos alimentará nessa celebração, com o dom da Palavra, dom da Eucaristia e da Fraternidade, além de podermos vivenciar juntos a solenidade de 50 anos de vida religiosa da Ir. Santina”, disse Dom José, acolhendo à Assembleia. Durante a celebração o clima entre os participantes era o melhor possível, havia uma total sintonia entre a liturgia, equipe de música e os celebrantes que, entre orações e homenagens, tornaram o evento ainda mais inesquecível.

Após a leitura do evangelho, proclamada pelo diácono Francisco, Pe. Zenildo conduziu a homilia com foco no mistério da vocação, salientando o trabalho vocacional desempenhado pelo Ir. Santina. “Lembro que conheci Ir. Santina num momento difícil, quando pediram espaço nessa paróquia para abrigar alguns haitianos. Ela se demonstrou inquieta diante de toda essa realidade que machuca e, foi nessa situação conflitiva e tumultuada que Ir. Santina nos ensinou que vocação não é fruto de sossego, nem de calmaria, mas de um trabalho realizado junto não só com os migrantes abandonados ou cuidando das pessoas exploradas sexualmente, mas sim com todos mais necessitados e desamparados”, comentou.

Pe. Zenildo ainda salientou a importância do trabalho das Irmãs do ICM junto ao serviço vocacional. “Aqui estão pessoas e agentes de evangelização, reunidos por causa do fascínio do serviço das vocações. Porque sem os conflitos e as dificuldades, a vocação pode correr o risco de virar fantasia, acredito que com a chegada das Irmãs do Imaculado Coração a esse bairro, foi um dom de Deus que gerou em cada um de nós a admiração pelo belo trabalho realizado que manifesta o desejo de cuidar do próximo assim também. Essa é a beleza que a gente celebra esta noite, quando o dom de Deus se faz vocação, numa inquietude que nos tira do marasmo e desperta do comodismo, pois sem a vocação a profecia silencia, a igreja não avança e a missão não prossegue”, disse.

A celebração seguiu seu rito normal, mas antes do término houveram alguns momentos especiais, como: a leitura (realizada pela Ir. Rose Bertoldo) de um breve histórico de vida e missão de Ir. Santina ao longo de meio século de VRC; homenagem do grupo de Leigas ICM (com a dinâmica do girassol); homenagem do grupo de Haitianos (que cantaram uma música em seu próprio idioma, salientando o serviço de vocação e amor ao próximo); além do jantar de confraternização realizado na área externa da paróquia, com direito à bolo, comidas típicas e apresentações culturais, tudo organizado com muito carinho e amor para a religiosa e seus convidados. 

Vocação acertada, futuro feliz!”

Ir. Santina pediu um momento durante a celebração para falar um pouco sobre os desafios da sua caminhada religiosa, sobre vocação e sobre justiça. “Em meus 50 anos de vida religiosa aprendi muitas coisas, graças eu ter ficado atenta à realidade que me rodeia e uma coisa que não aceito é injustiça, e um cristão que aceita a injustiça não é cristão porque Jesus sempre esteve ao lado da verdade e do bem. Aqui temos à vocação ao matrimônio, à vida religiosa, sacerdotal e do celibato voluntário. Isso é uma oportunidade de prestar um serviço generoso, solidário e alegre, de não fechar os olhos e os ouvidos aos pedidos de socorro do próximo. Nunca me arrependi de ter escolhido essa forma de vida, que exige coragem e muita renúncia para enfrentar os desafios, mas é como diz a frase ‘vocação acertada, futuro feliz’, uma frase antiga, mas que até hoje ainda vale”, disse.

Finalizando, Ir. Santina fez um agradecimento a todos os participantes e organizadores da celebração. “Eu vou fazer 77 anos esse ano e ainda me sinto inteira para trabalhar, tenho muito mais coisas boas para agradecer do que para chorar e ainda sinto que Deus me pedi para servir e assim eu faço com muita alegria. Eu não pensei que fosse ser uma festa desse tamanho, por isso agradeço, em primeiro lugar a Deus que sempre esteve ao meu lado, a toda a comunidade paroquial que colaborou, agradeço aos grupos e as pastorais sociais que participo, às minhas irmãs de sangue que vieram do sul me fazer uma surpresa, à congregação que esta unida na oração e na torcida para que sejamos sempre ser presença de Deus, enfim, todos se sintam agradecidos por que se eu citar nomes eu posso falhar esquecendo alguém”, comentou Ir. Santina em meio a uma calorosa salva de palmas.

 

 

 

 

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