Rede um Grito pela Vida realiza formação sobre gênero e tráfico de pessoas

 

Não há dúvidas que um dos temas mais comentados na atualidade é sobre o gênero, que envolvem assuntos ligados a identidade social relacionada ao sexo do indivíduo, homem ou mulher. Em virtude disso, a Rede Um Grito Pela Vida, realizou na tarde de hoje (19/04), no salão da CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil), uma formação para leigos e religiosos com o objetivo de estudar os aspectos culturais e ideológicos que criam e sustentam a violência em torno da questão do gênero e assim, formar agentes multiplicadores, ou seja, gerar pessoas capacitadas para trabalhar essa temática nas escolas, nas igrejas, nas comunidades, no trabalho e em todo lugar que precisar.

Segundo a Ir. Eurides Alves, Coordenadora Nacional da Rede, a ideia do debate e formação sobre o tema gênero foi sugerido pela coordenação do grupo para aprofundar o estudo sobre umas das causas estruturantes que gera o tráfico humano. “A questão das relações desiguais do gênero, quando um sexo se sente superior ao outro, assim como a causa econômica e a causa política, também é uma dos fatores que levam à violência doméstica, estupro, homofóbia, abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, feminicídios, por isso estamos aqui, para aprofundar os conhecimentos sobre esse tema, pois é preciso fazer uma compreensão maior disso tudo, para que nos processos formativos possamos desconstruir essa lógica hierárquica desigual”, explicou Ir. Eurides.

Conforme explicou Sandra Loyo, articuladora do núcleo Manaus, a programação do encontro envolveu observação de imagens (sobre violência sexual, violência doméstica, abuso sexual, homofobia) e partilha em pequenos grupos, depois um breve debate coletivo realizado com grupo todo, seguido da análise de um vídeo sobre a relação da mulher submissa ao homem até mesmo dentro de casa e por último, o estudo de gênero com base em uma coletânea de textos e ver sua relação com o tráfico de pessoas. “Esse nós tiramos de vários autores, inclusive algumas irmãs, que escreveram sobre a diferença de gêneros, onde o homem pode tudo e a mulher não pode fazer nada. Queremos entender melhor para poder ensinar a construir relações mais saudáveis e fraternas”, disse Sandra.

No texto estudado, questões como femininismo, gênero e cidadania, gênero e sexualidade, o que é identidade e orientação sexual?, e muitos outros tópicos foram abordados. Para a Ir. Valmi Bonh, Coordenadora do Núcleo Manaus, o estudo desse tema, é um verdadeiro desafio que deve ser aprofundado para saber como orientar os que buscam por ajuda.Desde o início do ano passado, nós já queríamos fazer uma formação abordando a questão do gênero, porque nós percebemos que ainda não sabemos como lidar direito com essas pessoas que vem a nós com situações relacionadas a homossexualidade explorada, é um desafio e por isso temos que nos preparamos e conhecer um pouco mais para saber como orientar quando vierem pedirem ajuda”, concluiu Ir. Valmi.

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