Na primeira leitura Pedro faz memória das vida de Jesus resumindo tudo numa expressão: Deus estava com Ele. No entanto, Ele foi morto pregado numa cruz. Mas Deus ressuscitou e os que testemunharam a ressurreição entenderam que ele havia realizado as profecias e que a fé em Jesus traz consigo o perdão dos pecados.
Este é o mistério da Páscoa. Jesus crucificado, morto e sepultado, ressuscitou e vivo é o nosso redentor. Esta é a razão de nossa alegria. A morte foi vencida. A vida triunfou. Podemos ter esperança mesmo quando o sofrimento e a dor parecem ser sem fim, mesmo quando as forças do mal parecem dominar. A ressurreição de Jesus dá sentido a tudo. Ele é o triunfo da misericórdia. A verdadeira vida é a vida em Cristo. Nele mo morremos para o pecado. Ele é o senhor das nossas vidas, quando vivemos pra Ele.
O Evangelho nos diz que Maria Madalena foi ao tumulo bem de madrugada, quando o dia ainda estava escuro. Quem ama não se conforma com a morte. São as pessoas que amam que geram vida. O amor é mais forte que a morte. Enquanto existe amor, existe esperança. Nada pode destruir a força do amor.
O domingo, dia do Senhor, é o dia da memória da vitória de Jesus. Memória perigosa. Talvez precise ser apagada. Por isso, os poderes do mundo instilam o ódio e o ressentimento no coração das pessoas. É o primeiro dia da semana. Uma nova criação. A criação que fora submetida ao pecado, recomeça com Jesus.
E o domingo, primeiro dia da semana, se transformou no final de semana. É preciso voltar a guardar o domingo, o dia da vida e por isso mesmo o dia da família, da eucaristia, da volta à natureza. O descanso se torna sinônimo de renovação e de confiança no Deus da vida.
Pedro e João corem para o túmulo. O discípulo que Jesus amava chega primeiro, mas não entra. Ele é jovem , corre mais depressa, mas Pedro tem a precedência, dada pelo próprio Jesus. O Evangelho nos diz então, que Pedro ao chegar ao túmulo viu e acreditou. Também nós vemos e acreditamos.
São tantos os sinais da ressurreição e da vida nova em Cristo. A natureza que se renova constantemente é sinal do amor divino que na sua eterna misericórdia tudo renova. Os gestos de generosidade e solidariedade de que somos capazes mostram que a força do amor pode renovar as reações entre nós. Neste mundo em que as forças do mal parecem dominar, temos a certeza da ressurreição que nos anima a não entregarmos ao ódio e à violência.
Quem crê na ressurreição não pede vingança, mas quer justiça que restaure a vida.
Quem crê na ressurreição não perde a alegria.
Quem crê na ressurreição não perde a esperança.
Sejamos homens e mulheres defensores incondicionais da vida e cantemos com o salmista:
“A mão direita do Senhor fez maravilhas. A mão direita do Senhor me levantou.
Não morrerei, mas ao contrário viverei para cantar as grandes obras do Senhor”
Um feliz Páscoa a todos!
Que o Senhor da vida renove a nossa vida!