Arquidiocese de Manaus realiza missa de sétimo de dia Dom Frei Clóvis Frainer

Foi com imenso pesar, que Dom Gil Antônio Moreira, Arcebispo de Juiz de Fora (MG), comunicou na última terça-feira (04/04) o falecimento de Dom Frei Clóvis Frainer, então arcebispo emérito da Arquidiocese de Juiz de Fora, vítima de complicações pulmonares e falência de outros órgãos. Sem dúvida foi uma notícia que abalou ao Clero e a todo o povo de Deus, sobretudo os da cidade de Manaus, onde durante os anos de 1985 e 1991, Dom Clóvis foi Arcebispo da Arquidiocese de Manaus, atendendo ao pedido de Vossa Santidade, o Papa João Paulo II.

E, na noite desta segunda-feira (10/04), a Arquidiocese de Manaus realizou a Missa de Sétimo Dia em memória ao homem que foi um verdadeiro pastor e que num período relativamente curto, deixou um grande legado para a igreja de Manaus. Presidindo a celebração estava o Arcebispo Metropolitano de Manaus, Dom Sergio Castriani, que com concelebrou ao lado de Dom Mário Pasqualotto, bispo emérito, e dos padres Hudson Ribeiro, pároco da Catedral Nossa Senhora da Conceição, onde foi realizada a celebração; Pe. Zenildo Lima, Pe. Danival Lopes e Pe. Pedro Facci.

Durante a celebração, Pe. Zenildo Lima, relembrou alguns momentos importantes da passagem de Dom Clóvis como o 4° Arcebispo Metropolitano de Manaus e as contribuições que deixou como legado, entre elas: reorganização administrativa e financeira da Arquidiocese; organização da Cúria Metropolitana: instalações e serviços além de elaborar o Diretório Sacramental da Arquidiocese; Incentivou as vocações locais, estruturou o Seminário Arquidiocesano São José, ordenou dez presbíteros diocesanos; foi o idealizador do informativo mensal “Arquidiocese em Notícias”, entre outros.

Além disso, Dom Clóvis fortaleceu organismos de participação como a Coordenação de Pastoral, o Conselho Arquidiocesano de Pastoral, as Coordenações Setoriais e também presidiu duas Assembleias Pastorais Arquidiocesanas e Articulou a Arquidiocese em regiões Episcopais e organizou as visitas pastorais nas Paróquias. Curioso é que, um dia antes do domingo de ramos, a gente celebrava a chegada de Dom Clóvis, agora, um dia depois do domingo de ramos, nós relembramos da sua páscoa”, concluiu Pe. Zenildo

A homilia ficou por conta do Pe. Danival Lopes, um dos primeiros diáconos ordenados na gestão de Dom Clóvis e que hoje é o padre responsável pela Área Missionária Sagrada Família, no bairro Japiim 2, pertencente ao setor Santa Rita de Cássia, que, entre outras coisas, comentou a respeito da vida, que é o nosso maior dom dado por Deus e também falou da importância de Dom Clóvis para a sua caminhada religiosa, do seu jeito atencioso e prestativo que ajudou na vocação de tantos outros padres também.

Dom Clóvis sempre citava que a vida é o nosso dom precioso que é dado por Deus, nós todos somos essa dádiva de Deus. Dom Clóvis foi essa pessoa que passa pela nossa vida e nos marca positivamente, e foi graças a ele que há 31 anos eu distribuo sacramentos e proclamo a Palavra de Deus graças a ele que me deu o dom do sacerdócio. Não há dívidas que Jesus é a nossa fonte de inspiração para seguir sempre na caminhada e Dom Clóvis é um exemplo de pessoa que buscou a ser como Ele, cheio de compaixão e gratidão a Deus”, disse Pe. Danival em tom emocionado.

Trajetória religiosa

Dom Frei Clóvis Frainer nasceu na cidade de Veranópolis, no dia 23 de março de 1931. Estudou nos Seminários Capuchinhos de Veranópolis e Vila Ipê, ingressando depois no Noviciado em Flores da Cunha, onde emitiu seus primeiros votos religiosos no dia 6 de janeiro de 1949. Estudou filosofia em Marau e teologia em Garibaidi e Porto Alegre. Recebeu a Ordenação Sacerdotal das mãos do Cardeal Dom Vicente Scherer no dia 27 de março 1955.

Seus superiores o enviaram para Roma, onde se licenciou em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana e em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico. Em 1976 obteve os títulos de Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Em 1970, exerceu a função de Coordenador de Pastoral da Diocese de Santa Catarina. Em 1977, foi para o Mato Grosso do Sul, onde trabalhou na paróquia de Fátima, exercendo as funções de Coordenador de Pastoral e Professor de Escritura no Instituto Regional de Teologia.

Em janeiro de 1978, o Papa Paulo VI o elegeu para o episcopado. Seus primeiros anos de serviço episcopal foram exercidos no Mato Grosso do Sul, sendo o primeiro bispo da recém-criada Prelazia de Coxim, no Mato Grosso do Sul. Atendendo ao pedido do Papa João Paulo II, foi transferido para Manaus, assumindo a Arquidiocese por 6 anos, tornando-se o 4° arcebispo Metropolitano da capital amazonense. Em maio de 1991, novo pedido foi-lhe feito. Dessa vez para assumir a Arquidiocese de Juiz de Fora, onde tomou posse em 15 de agosto de 1991.

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