Rede Um Grito Pela Vida celebra 10 anos de existência enfrentando o tráfico de pessoas

A Rede Um Grito Pela Vida é uma instituição constituída por aproximadamente 300 religiosas e religiosos de diversas Regionais e Congregações do Brasil, composta por 26 núcleos de ação espalhados em 22 estados e o Distrito Federal. Para comemorar os 10 anos de existência, o núcleo Manaus, realizou na tarde desta quarta-feira (29/03) um momento celebrativo para lembrar uma década de luta, de conquistas, de parcerias e de cuidado pela vida, com a árdua missão de enfrentar o tráfico de pessoas, um crime hediondo que envolve todo recrutamento, transporte, transferência, abrigo ou recebimento de pessoas, por meio de ameaça ou uso da força ou outras formas de coerção, de rapto, de fraude, de engano, do abuso de poder ou de uma posição de vulnerabilidade ou de dar ou receber pagamentos ou benefícios para obter o consentimento para uma pessoa ter controle sobre outra pessoa, para o propósito de exploração.

A celebração, realizada no salão da CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil), contou com a presença de Dom Tadeu Canavarro, bispo auxiliar de Manaus; Pe. Geraldo Bendaham, Coordenador de Pastoral da Arquidiocese; Frei Paulo, que trabalha com a Rede na Região de Fronteira (Tabatinga, Benjamin Constant). Para o bispo auxiliar, a Rede Um Grito Pela Vida, é uma Luz de Deus composta por religiosas(os) e leigas(os) que lutam para que os direitos à vida e a dignidade das pessoas prevaleçam em meio a tantas obras malignas que existem no mundo. “O grito pela vida que vem da Amazônia, nos aljuda a cada vez mais a tomar consciência da importância do ser humano e nós, como cristãos e cristãs, somos chamados a ser a luz nesse caminho das trevas. Que Deus abençoe a todos as religiosas e leigos que são agentes sempre em favor da vida”, disse Dom Tadeu.

Também estavam presentes a Ir. Eurides Alves, Coordenadora Nacional; Ir. Roselei Bertoldo, articuladora regional; Ir. Valmi Bohn, Coordenadora do Núcleo Manaus; Sandra Loyo, articuladora do núcleo Manaus, além da participação de outras religiosas, agentes de pastoral e demais pessoas envolvidas. A comemoração teve toda uma mística especial, preparada para que os demais presentes fizessem realmente parte da celebração e não apenas meros observadores. “Aqui nós trabalhamos em rede, então as nossas atividades são voltadas para a participação de todos e assim a pessoa possa interagir com a gente e se integrar ao grupo, independente se pertence à Rede ou não”, comentou Sandra Loyo a respeito da celebração realizada com muita música, oração, momentos de reflexão, entrega de brindes, além de é claro, muita confraternização.

Para Ir. Eurides, a melhor maneira de comemorar os dez anos é intensificando o compromisso com a causa e as diferentes atividades que são realizadas. “Tudo começou há 10 anos, no dia 30 de março em Salvador (BA), onde um grupo de 28 religiosas aceitaram o desafio de trabalharem juntas contra o tráfico de pessoas e hoje estamos espalhas em quase todos os estados da país, atuando na prevenção, na sensibilização da sociedade para a questão do tráfico humano, no atendimento das vítimas desse crime e na formação da juventude para que conheça a realidade e que assim, se previna e se cuide. No decorrer dessa semana, vamos fazer um balanço dessa caminhada, sempre louvando e agradecendo a Deus pelas conquistas e atividades realizadas, pelas inúmeras parcerias e pelo envolvimento de tanta gente e tantas vítimas resgatas”, disse.

Segundo a religiosa, só assim conseguirão alcançar o objetivo que é tornar essa problemática cada vez mais conhecida e assumida como uma chaga social que deve ser controlada dentro da sociedade brasileira, num país onde, mesmo diante dos avanços referentes às políticas públicas para enfrentar o tráfico humano, ainda se precisa lutar muito para mudar esse quadro. “Sem falar na missão de manter os grupos unidos, coesos e firmes, ainda temos alguns desafios para a nossa caminhada, como: acentuar o trabalho nas escolas e comunidades, continuar investindo na juventude que são as vítimas em potencial desse crime e também continuar atuando junto aos órgãos responsáveis pelas políticas públicas de enfrentamento e responsabilização dos culpados, além de agregar mais pessoas para enfrentar essa realidade como compromisso de fé e cidadania”, explicou a Ir. Eurides.

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