A Campanha da Fraternidade (CF) é um momento onde a igreja sugere e convida à sociedade, sobretudo católica a refletir sobre assuntos muito importantes e, esse ano, o tema abordado envolve a biodiversidade e o estudo dos biomas. Então, com o objetivo de aprofundar melhor os conhecimentos sobre cada um dos seis biomas que estão em foco nessa campanha, a Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, organizou na noite desta quinta-feira (16/3), uma formação ministrada pelo Frei José Faustino e por José Francisco de Carvalho, Mestre em solos e nutrição de plantas, Dr. em Fisiologia vegetal e pesquisador do Inpa.
Juntos, o pesquisador e o religioso, traçaram uma conversa amistosa e em tom bem informal com os paroquianos que compareceram ao salão paroquial. “Nos últimos três anos a Igreja Católica tem demonstrado um carinho muito especial a cerca do meio ambiente, esse ano nós temos uma CF focando o Brasil de modo geral, estudando a própria realidade biológica de cada local, onde percebemos que existem seis realidades diferentes que estão sendo afetadas e consequentemente todos nós também. Este é um momento de reflexão sobre um tema muito importante, que exige que possamos rever o quanto nós estamos contribuindo mais para destruir do que para zelar”, disse Frei Faustino.
“O tema desse ano é uma espécie de continuação do tema de 2016, quando chamava atenção para o planeta Terra, nossa “Casa comum e nossa responsabilidade”. Agora a enfase é no em nosso próprio pais, ou seja, os seis biomas principais do Brasil têm suas carateristas fitogeográficas com sua flora, fauna e clima associado a todos os seus desdobramentos, mas em todos esses ambientes existe um fator comum, que é o ser humano que desenvolve ações antrópicas que gera muitas mudanças, quase sempre motivadas por questões econômicas e a igreja tenta mediar essas demandas que a sociedade precisa e a conservação do ambiente, e é sobre isso que iremos ter uma conversa nessa noite de hoje”, comentou o pesquisador.
Para Núbia Maria, catequista da comunidade Santo Antônio, mais conhecida como Vila Amazonas, é um tema muito rico e que merece todo o aprofundamento necessário. “É a primeira formação que participo e seria ótimo se cada paróquia e, até igrejas de outras religiões, pudessem fazer a mesma coisa porque é um tema que abrange o nosso planeta e a vida em si, dessa maneira, a igreja acaba complementando um assunto que se vê na escola e as vezes nem todas as crianças sabem sobre biomas. Por isso vim nessa formação, para aprender um pouco mais e passar para meus catequisandos depois”, comentou.