UOL Notícias – Após massacre em Manaus, papa pede que prisões sirvam para reintegração – 4/1/2017

Disponível em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2017/01/04/apos-massacre-em-manaus-papa-pede-que-prisoes-sirvam-para-reintegracao.htm

Após massacre em Manaus, papa pede que prisões sirvam para reintegração

Cidade do Vaticano, 4 jan (EFE).- O papa Francisco pediu nesta quarta-feira que as prisões respeitem a dignidade dos presos e fomentem sua reintegração social, depois que 56 pessoas morreram em um motim que começou domingo e durou 17 horas no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (Amazonas).

“Gostaria de renovar o meu apelo para que instituições prisionais sejam locais de reabilitação e reintegração social e que as condições de vida dos detidos sejam dignas de seres humanos”, disse.

Francisco fez estas reflexões após as saudações em diversas línguas dirigidas aos milhares de peregrinos que assistiram à audiência geral celebrada hoje no Vaticano. O pontífice expressou “tristeza e preocupação” pelo massacre na penitenciária, e convidou os presentes a rezar “pelos mortos, por suas famílias, pelos presos e pelos trabalhadores” dos presídios.

Durante a homilia, o papa centrou sua catequese na esperança cristã e afirmou que “perante a dor dos demais” se deve “mostrar uma grande delicadeza e compartilhar seu sofrimento e seu pranto”.

“Para falar de esperança a quem está desesperado, é necessário compartilhar seu desespero (…). Se não é possível falar com o pranto e a dor, é melhor o silêncio, é melhor a carícia e a ternura, e não dizer nada”, acrescentou.

Em seu site, a Arquidiocese de Manaus manifestou solidariedade às famílias dos mortos.

“A Pastoral Carcerária afirma, em primeiro lugar, que é dever do Estado cuidar e garantir a integridade física de cada detento, oferecendo as condições para cumprimento das suas respectivas penas. A Pastoral Carcerária visita o sistema prisional há 40 anos, por isso afirma que ele não recupera o cidadão, pelo contrário oportuniza escola de crime, em vez de oferecer atividades ocupacionais aos internos”, afirmou a entidade em comunicado, ressaltando que “não se pode responder violência, com violência”. EFE

lsc/cdr

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