Cáritas Arquidiocesana promove debate do povo com candidatos a prefeito de Manaus

Com o objetivo aprofundar as propostas de governo entre os candidatos e lideranças das comunidades católicas além de contribuir para o exercício da democracia participativa emanada do povo, foi realizado na noite desta última terça-feira (20/9), no auditório do Colégio Dom Bosco, o primeiro debate do povo com os candidatos à prefeito da cidade. O evento foi promovido pela Cáritas e pastorais sociais, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e contou com a presença de cinco, dos nove candidatos à eleição municipal 2016, que responderam às perguntas elaboradas pela coordenação dos doze setores que compõem a Arquidiocese.

Para fazer a abertura do debate, foram chamados para compor a mesa o arcebispo metropolitano de Manaus e presidente da Cáritas Arquidiocesana, Dom Sérgio Castriani; o Dr. Carlos Santiago, presidente da Comissão de Ética e Reforma Política da OAB-AM; e também a professora Roseane Oliveira, representando a diretoria da Faculdade Salesiana Dom Bosco (FSDB), anfitriã do evento. “É um prazer tê-los aqui, pois este é um momento ímpar, de troca de ideias fundamental para nós que acreditamos na política, no bem comum, na democracia e numa Manaus melhor. Vale a pena nos conhecermos bem e democracia sem conversa e diálogo não existe, por isso obrigado a todos os que vieram, aos organizadores e aos demais presentes. Um bom debate a todos e que Deus nos abençoe”, disse Dom Sérgio em seu pronunciamento.

Após as boas vindas e palavras de acolhida dos membros que compuseram a mesa, cada candidato teve o tempo de um minuto para se apresentar e dizer o porquê que querem ser prefeito de Manaus. Feitas as devidas apresentações, foi a vez de começar o debate propriamente dito, onde cada candidato teve o tempo de 1 minuto e 30 segundos para responder as perguntas realizadas por algum líder das comunidades católicas. Foram ao todo nove rodadas de perguntas com os seguintes temas: orçamento participativo; saúde; saneamento; habitação; atenção aos povos indígenas; transporte e mobilidade urbana; educação; trato de crianças e adolescestes; e políticas públicas para a juventude.

E, o que se viu ao final de aproximadamente duas horas, foi um debate muito participativo, pacífico e proveitoso, onde os candidatos se respeitaram e focaram em expor suas propostas de trabalho, ao invés de ficar atacando ou criticando o adversário. “Houve clareza nas perguntas e clareza nas respostas, que gerou um compromisso firmado dos candidatos perante a comunidade católica e os advogados, e tenho certeza que isso contribui muito para as pessoas que estão aqui presentes decidirem seu voto, porque todos os temas foram extremamente relevantes e vieram das comunidades de base, com muita fundamentação de dados e de informação, que exigiu do candidato uma boa preparação na hora de responder”, comentou o Dr. Carlos Santiago, que atuou como mediador do debate.

montagem__debate_com_prefeituraveis_20set2016

A opinião do povo

De acordo com Manoel Miranda, coordenador do Movimento Terço dos Homens, na Arquidiocese de Manaus, apesar da Igreja católica não levantar bandeira para nenhum candidato, o debate foi uma oportunidade de se conhecer mais de perto as propostas dos candidatos ao pleito desse ano. “A igreja é apartidária, não torce nem para A e nem para B, mas ela faz questão de esclarecer algumas questões básicas ao povo, de forma a ajudar escolher melhor os seus representantes para os próximos quatro anos. Daí a importância de um debate como esse”, explicou.

“O debate manteve o nível intelectual com o público presente e os candidatos responderam a altura e dentro do limite do tempo que tiveram. Só lamento a ausência dos demais candidatos que perderam uma grande oportunidade de interagir com a sociedade”, disse Alberto Reis, coordenador do setor Alvorada. Já de acordo com o padre Rubson Vilhena, o ponto negativo esteve na redução dos temas. “A organização do debate está de parabéns por facilitar que o povo possa ouvir as propostas de seus candidatos e as perguntas foram todas atuais, só lamento o fato de alguns temas terem ficado bastante reduzidos, como por exemplo o tema mobilidade urbana que foi resumido apenas em transporte coletivo, creio que foi devido ao tempo de resposta que cada um tinha”, comentou o sacerdote.

Segundo a indígena Kywy Saterê, um ônibus foi fretado para trazer cerca de 20 indígenas de várias etnias que foram ao debate com o objetivo de conhecer as propostas dos candidatos sobretudo para o povo indígena. “Viemos assistir ao debate e analisar de perto qual candidato tem uma proposta mais viável referente a população indígena, pois nós precisamos de muita ajuda com relação à moradia, saúde, educação diferenciada, e, depois do que foi colocado pelos cinco candidatos, três chamaram a atenção pelo plano de governo que pretendem pôr em prática, mas ainda temos que conhecer um pouco mais para podermos dar o nosso voto”, disse Kywy.

 

Gostou? Compartilhe

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on telegram
Telegram

Comentários