Pastoral Carcerária realiza encontro estadual para avaliar ações nos municípios do Amazonas

Avaliar o trabalho realizado pelas pastorais carcerárias no Amazonas e em Roraima, foi o principal objetivo da assembleia que aconteceu no período de 8 a 11 de setembro, no auditório do Centro de Treinamento Maromba, situado à Rua Juará, s/n – Chapada. Na oportunidade, padre Almir José de Ramos, da coordenação nacional da Pastoral Carcerária, alertou os presentes sobre a necessidade cuidar da questão da saúde dentro das unidades prisionais e presídios, e falou sobre a importância de produzir projetos visando a obtenção de recursos para as ações da pastoral, além de tratar de elementos importantes como a secretaria, questões jurídicas, dentro outros.

Segundo padre Joaquim Barbosa da Silva, membro da coordenação estadual da Pastoral Carcerária, essa é uma assembleia avaliativa que pede uma grande responsabilidade dos participantes pois representam as dioceses e prelazias do Amazonas, sendo elas Itacoatiara, Parintins, Coari, Tefé, Alto Solimões (Tabatinga), Humaitá, Lábrea e Manaus, e a Diocese de Roraima, convidada a participar deste encontro. “O objetivo foi fazer um levantamento de como está o trabalho depois de um ano em nossas dioceses ou prelazias, no acompanhamento dos presos nas unidades prisionais e presídios. Cada um traz a suas experiências de vida, de como lidar com a situação de cada local, como se reúnem, como lidam com as situações que surgem, como estamos lidando com a defensoria, ministério público, juízes. Tem também a troca de experiência entre os agentes”, explicou o padre.

Padre Almir, que é enfermeiro, está visitando os estados ajudando os agentes da pastoral carcerária e despertando-os para a questão da saúde dentro dos presídios e como trabalhar isso, recordando a preocupação que o Papa Francisco tem manifestado sobre a dignidade daqueles que estão presos, os desgarrados e excluídos que precisam de mais atenção da Igreja, pois são Igreja, uma vez que são batizados. Afirmou que o pároco tem responsabilidade pelo presídio que está dentro do território de sua paróquia, que a vida religiosa precisa estar presente no cuidado espiritual dos presos e que os diáconos devem lembrar que sua função primeira é a caridade, o cuidado com a questão social, que devem anunciar a Páscoa, a alegria do Cristo ressuscitado aqueles que estão encarcerados e levar a Eucaristia “remédio generoso e alimento para os fracos”, conforme disse o Papa Francisco.

“Almir está despertando a questão do zelo, daqueles que estão na “lama” pois mesmo tendo cometido crimes, são ovelhas que precisam da atenção dos pastores. Vem alertar para questões importantes como as doenças dentro das unidades prisionais, pois o lugar fechado favorece a proliferação de viroses. Também trouxe umas tônicas da pastoral que são as áreas de projeto, secretaria, questões jurídicas, dentro outros”, destacou padre Joaquim.

Ao ouvir do padre Almir que os presídios também são comunidades eclesiais e os presos precisam ter atenção espiritual, Dom Sérgio Castriani, arcebispo de Manaus, enfatizou que os presos são igreja, pois se são batizados são também membros do corpo de Cristo, mesmo que tenha cometido um erro e por isso está encarcerado. “Quem está preso continua com a sua dignidade cristã, se é batizado é igreja. Isso já dá uma dimensão do que é a pastoral carcerária e sua importância”, disse o arcebispo, que também considera a pastoral muito importante para a Arquidiocese de Manaus, pois ela está no coração da Igreja.

Dom Sérgio alertou para uma questão prática que é importante para a pastoral: a captação de recursos para desenvolver o trabalho da pastoral e prestação de contas. Afirmou que todos precisam saber lidar com recursos financeiros, pois tem que haver legalidade na movimentação desses recursos, regras a serem seguidas para produzir um projeto e para prestar contas do dinheiro obtido.

Os participantes tiveram seus espaços de partilha de experiências, apresentando as ações realizadas dentro da Pastoral Carcerária em suas prelazias e dioceses, destacando as dificuldades, os desafios e as conquistas.

Por Ana Paula Lourenço – Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Manaus

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