Urge não dar trégua ao combate à corrupção eleitoral

A grave crise política que o Brasil está atravessando, revela que ainda somos um País jovem que está aprendendo a exercitar a democracia.

Nota-se nas diversas instâncias da vida social e política do País interesses particulares que visam somente se dá bem, não importa o preço que tenha que pagar. Busca-se unicamente o interesse pessoal, grupal e empresarial.

Quando se trata da política, nota-se, com rara exceção, um grande jogo econômico. Isso mesmo, um jogo de interesses, onde a força econômica determina o comportamento dos representantes da sociedade, ou seja, é o dinheiro quem comanda a política.

Este modo de se comportar não está presente somente na esfera política, mas atingiu todas as relações sociais. Até a religião se submete ao interesse do capital, visando lucro no mercado religioso.

Como vivemos num Estado de Direito, temos as Leis que normatizam a vida em sociedade. De modo que não vivemos sem as Leis.

No entanto, estamos vivendo uma grande crise no poder judiciário. Este deveria zelar pelo cumprimento das Leis em nosso País. Nota-se fraqueza em suas ações, principalmente quando se trata de julgar atos provenientes da corrupção eleitoral.

A sociedade civil organizada tem realizado sua parte. Um grande exemplo foi a luta para criação da Lei da ficha limpa que visa afastar do meio da política candidatos e políticos ficha suja.

Esta lei está correndo grande risco, pois o Supremo Tribunal Federal (STF) que deveria zelar pelas leis deste País, decidiu por maioria que cabe às casas legislativas dar a palavra final sobre as contas de candidatos. Dessa forma, políticos que tiveram suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas local poderão concorrer nas próximas eleições, caso elas não tenham sido rejeitadas pelas câmaras municipais.

Ou seja, abriram a porteira para os candidatos ficha suja retornarem a política! Por isso a Conferência dos Bispos do Brasil – CNBB – lançou nota em defesa da FICHA LIMPA, POIS NA POLÍTICA, NÃO HÁ LUGAR PARA CORRUPTOS.

 

Por Pe. Geraldo Ferreira Bendaham

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